Texto de Estudo

Amós 5:24:

24 Corra, porém, o juízo como as águas, e a justiça como o ribeiro impetuoso.

 

INTRODUÇÃO

O livro de Amós é uma mensagem verbosa, atual e oportuna para a igreja brasileira. Este livro ergue um grande clamor pela justiça social. Ele tira uma radiografia do presente ao analisar o passado distante de Israel nos tempos prósperos do rei Jeroboão II. A mensagem deste livro destampa os fossos onde se escondem os sentimentos, motivações e atitudes mais reprováveis que pulsam no peito do homem contemporâneo. Ao mesmo tempo, a mensagem do livro é um chamado de Deus ao arrependimento. A porta da graça está aberta. A chance da mudança é apresentada e o perdão oferecido.

A mensagem de Amós toca nos mais intrincados problemas da ordem política, social, econômica, moral e espiritual do seu tempo. Amós emboca a sua trombeta para denunciar os crimes de opressão e injustiça social das nações estrangeiras. Ele ataca com veemência a política externa governada pela ganância insaciável e pelo ódio desmesurado que despedaça os fracos e oprime os que não podem oferecer nenhuma resistência. Ele atinge com sua mensagem os endinheirados embriagados pela soberba, que viviam nababescamente, enquanto os pobres explorados por eles amargavam uma dolorosa realidade. Amós não poupa aqueles que se entregavam aos prazeres desregrados, tapando os ouvidos à voz da própria consciência. O profeta boiadeiro alerta para o fato de que, onde a voz da graça de Deus não é ouvida, a trombeta do juízo é tocada irremediavelmente. 

 

O AUTOR

O significado do nome Amós é provavelmente “aquele que carrega fardos” ou “carregador de fardos” (derivado do verbo ãmas, “erguer um fardo, carregar”). O livro contém muitos fardos de julgamentos ou calamidades que o profeta transmitiu a Israel. Amós não era procedente da classe rica e aristocrática, empoleirada no poder, mas oriundo das toscas montanhas de Tecoa, aldeia incrustada nas regiões mais altas da Judéia. Tecoa ficava nove quilômetros ao sul de Belém. Foi um dos lugares fortificados por Roboão para a proteção de Jerusalém (2 Crônicas 11:6). Com a elevação de 920 metros, servia de lugar para tocar trombeta, e assim transmitir sinais e anúncios ao povo (Jeremias 6:1). 

Amós era um simples pastor, criador de gado e agricultor. Ele não vinha de uma linhagem nobre como Isaías, nem de uma família sacerdotal como Jeremias, nem tampouco tinha sido instruído na “escola de profetas” fundada por Samuel. De uma forma milagrosa foi separado por Deus para o ministério profético. Apesar de ser natural de Judá, seu ministério foi na sua maior parte direcionado a Israel, mas não exclusivamente a este. Ele também profetizou sobre Judá e outros povos. Amós foi expulso de Israel devido ao teor da sua profecia, que era contundente contra a forma equivocada que se praticava a religião naqueles dias. 

 

O CONTEXTO HISTÓRICO

O ministério de Amós acontece nos reinados Uzias em Judá e de Jeroboão II em Israel. As duas nações gozam de um momento de grande prosperidade material, entretanto, vivem também um momento de grande iniquidade. Imperava a idolatria, imoralidade a injustiça social e o culto desvinculado dos preceitos da aliança. 

As circunstâncias indicam que eles foram dois monarcas expansionistas e consolidadores. Tanto os fatores externos quanto os internos favoreciam o estrondoso enriquecimento de Israel. Esse reino estava vivendo um tempo de paz nas fronteiras e de prosperidade interna. Em 805 a.C., Adade Nirari III da Assíria derrotou a Síria, o inimigo de Israel. Nesse mesmo tempo, a Assíria mergulhou em um período de inatividade do qual só saiu com a ascensão de Tiglate-Pilesar III, em 745 a.C. Sem ameaças internacionais, Jeroboão II, com seu engenho administrativo, restaurou as fronteiras salomônicas de seu reino pela primeira e única vez desde a morte de Salomão (2 Reis 14:23-29). Com o controle das rotas comerciais, a riqueza começou a se acumular nas mãos dos magnatas do comércio. 

 

O JUÍZO DE DEUS SOBRE AS NAÇÕES

Amós começa os seus escritos nos capítulos 1 e 2 declarando que tinha ouvido Deus como o “rugido” de um grande leão, trovejando o juízo sobre as nações. Ele usa em todas às vezes o termo “por três transgressões mais uma”que significa a insistência constante na prática pecaminosa, da qual eram acusados todos esses povos.

Ele descreve a acusação e o pecado de cada uma das nações. São ao todo oito julgamentos sobre estes povos. Sobre a Síria (Damasco) pesa a acusação de crueldades terríveis na guerra. Sobre os filisteus (Gaza) e os fenícios (Tiro) brada a acusação do pecado de escravidão. Edom é acusado de falta de misericórdia e de uma ira constante. Amon é acusado de amarga crueldade por simples ganância. Moabe recebe a acusação de ter sido cruel com Edom. A sétima e a oitava acusação é feita contra Judá e contra Israel respectivamente.

A acusação a Judá é específica (Amós 2:4-5) e mais grave do que a das nações pagãs. Judá conhecia a Palavra de Deus, e de uma forma deliberada tinha optado por rebelar-se contra a lei de Yaweh. O profeta prediz o juízo de Deus que viria sobre Judá. O juízo de Deus sempre vem sobre aqueles que deliberadamente optam por esquecer-se da sua Palavra e passam a viver suas vidas de acordo com a mentalidade mundana dos dias atuais.

Até este momento, o verso 5 do capítulo 2, o reino de Israel passa sem nenhuma acusação, mas no verso 6 do capítulo 2, o profeta Amós começa então a sua profecia contra Israel, o que é o objetivo principal do livro. O resto do capítulo 2 pode ser resumido em acusação de pecados e palavra de juízo. Do verso 6 até o verso 16 do capítulo 2, pode-se notar as práticas pecaminosas que era comuns na vida de Israel. Essas acusações estendem-se por todo o livro de Amós

 

INJUSTIÇA PARA COM OS POBRES E NECESSITADOS

Mesmo vivendo em um período de prosperidade material, o texto citado demonstra que havia por parte da elite de Israel um desprezo pelas necessidades das classes menos favorecidas. Se não bastasse o desprezo, o texto ainda demonstra que eles ainda oprimiam os pobres, tomando por penhor o pouco que possuíam. Essa atitude trouxe sobre eles o juízo de Deus. 

A lei do Senhor, dada a Moisés, já relatava a responsabilidade que todo o Israel tinha em cuidar dos necessitados e fazer justiça as suas necessidades. Eis alguns exemplos dos deveres que o povo de Israel deveria ter para com os pobres. 

1)A cada sete anos, deveriam cancelar todas as dívidas (Deuteronômio 15:1);

2)Não deveriam fechar a mão ao pobre (Deuteronômio 15:7-11);

3)Não deveriam cobrar juros dos pobres (Êxodo 22:25);

4)Durante a estação das colheitas, grãos caídos seriam dos pobres (Levíticos 19:10);

5)A cada cinquenta anos (ano do Jubileu), qualquer propriedade que tivesse sido vendida por necessidade, deveria voltar o dono original.

6)Deveriam fazer justiça às necessidades dos pobres. Os juízes, ao julgarem uma situação, não poderiam prevalecer para os poderosos, mas deveriam ser justos (Deuteronômio 1:17; Êx 23:2) 

Israel, ao ferir estes preceitos, feria a própria instrução dada por Deus a respeito de viver um ambiente em que se houvesse justiça social. Abandonar e esquecer-se dos necessitados era rebeldia contra a lei de Deus. Agravado a isto, Israel desprezava a lei de Deus não apenas por fechar os olhos às necessidades dos pobres, mas também por que sua elite enriquecia às custas de afligir os menos favorecidos. No capítulo 3, verso 10 o profeta fala contra “essa gente, que acumula em seus palácios o que roubam e saqueiam”.

Um ambiente de luxúria a custa de altos impostos sobre os pobres pode ser visto nos capítulo 4:1, 5:11. Enquanto uma elite “privilegiada” desfrutava de toda a abundância do momento próspero que gozava o reino de Israel, os pobres eram sugados e serviam apenas como meio pelo qual os ricos pudessem enriquecer-se cada vez mais.

“Ouvi esta palavra, vacas de Basã” (4:1). Amós dirigiu-se às esposas dos líderes abastados da terra, pessoas que haviam enriquecido roubando de outros sem qualquer piedade. Essas “mulheres da sociedade” passavam o dia todo ociosas, bebendo vinho e dizendo aos maridos o que fazer. Hoje em dia, qualquer pregador que chamasse as mulheres de sua congregação de “vacas” precisaria mais que depressa procurar outra igreja. Por que Amós, um camponês, usou essa imagem? Não era pelo fato de as mulheres serem obesas e se parecem com vacas, mas porque, com seus pecados, estavam engordando para o abate. Tanto elas quanto seus maridos viviam em meio ao luxo, enquanto os pobres da terra sofriam, pois esses mesmos homens os exploravam, tomando deles seu dinheiro e suas terras. 

Por fim, além de desprezar, além de pisarem, eles também não faziam justiça aos pobres. A elite dominante não julgava as causas com justiça, mas a corrupção instalada na sociedade de Israel fazia com que o sistema jurídico servisse apenas às necessidade da sociedade dominante. Amós denuncia esta situação nos capítulos 3:10; 4:7,10.

As semelhanças entre a sociedade de Israel dos dias de Amós e a nossa contemporânea sociedade são inúmeras! Ao ler estes textos que falam sobre Israel, parece que estamos falando dos nossos dias. Os pobres ainda são desprezados. Por muitas vezes julgamos os mendigos e necessitados como “vagabundos”, não merecedores de nossos cuidados e ajuda. Muitas vezes apoiamos um sistema que aflige o pobre a fim de enriquecer os ricos e poderosos e às vezes até reputamos isto como “bênção de Deus”. Não podemos conceber como abençoada uma sociedade que exclui o necessitado, onde o pobre cada vez fica mais pobre, e o rico, cada vez fica mais rico. Se o juízo de Deus veio sobre Israel, não viria também sobre as nossas vidas?

Hoje a igreja é o “povo escolhido” e privilegiado. Warren Wiersbe, ao falar sobre o livro de Amós, diz que “onde há privilégios, também deve haver responsabilidades”.  Jesus, nos evangelhos, deixa também registrado a grande responsabilidade que temos em cuidar e amparar os necessitados. No evangelho de Mateus, capítulo 25, versos 31 até ao 46, por meio de uma parábola Jesus diz que haverá juízo e condenação para aqueles que deveriam cuidar dos desamparados e não o fizeram. Jesus diz que deixamos de fazer a ele, quando não fazemos pelos pobres e necessitados e termina sentenciando: “Sendo assim, estes irão para o tormento eterno”.Devemos ler estes trechos com temor e tremor. As palavras de Amós para Israel soam perfeitas aos nossos dias. 

 

CULTO HIPÓCRITA E FORA DOS PADRÕES DA PALAVRA DE DEUS 

A sociedade de Israel, ao mesmo tempo em que vivia em padrões totalmente confrontantes ao padrão da lei, ainda mantinha uma religiosidade cultual. Ao mesmo tempo em que fechava o coração para a lei do Senhor, tentava agradar a “Deus” com rituais. Israel gozava de grande prosperidade e, segundo o relato bíblico, a elite do reino costumeiramente trazia diante de Deus suas “ofertas de gratidão”. Agradeciam a Deus com suas ofertas, “por não serem pobres”. Segundo Warren Wiersbe havia uma espécie de “avivamento religioso” nos dias de Jeroboão II. 

A questão toda é que, apesar de todos estarem tranquilos e acharem que tudo estava bem e que seus “cultos” agradavam a Deus (6:1), o Senhor não via desta forma. Deus olha pra dentro e enxerga o interior do homem. Israel cantava cânticos, levantava as mãos, trazia a sua oferta, mas Deus não recebia esse culto prestado por mãos manchadas e comprometidas com a injustiça (5:21-23).

O culto oferecido por aquelas pessoas descompromissadas com a justiça social constante na lei causava repulsa em Deus. Ao invés de agradar a Deus, aquele culto o aborrecia, visto que era uma tentativa apenas ritual e não tinha compromisso com a essência da sua Palavra, que é amar a Deus e amar ao próximo. Deus diz ainda no verso 24 do capítulo 5 que seria melhor “praticar a justiça”do que oferecer um culto como aquele.

Novamente encontramos muito similaridade entre os dias de Amós e os nossos dias. Nunca antes se viu uma igreja tão cheia de bens e tão vazia de compromisso com os necessitados. Nunca antes se viu uma igreja tão preparada do ponto de vista ritual e material e tão insensível às necessidades das pessoas pobres. As igrejas possuem templos suntuosos com equipamentos sonoros e audiovisuais caríssimos e cada dia estão mais e parecidas com palácios que não podem ser ocupados pelos pobres. As pessoas se preparam com roupas bonitas, entram em seus carros e dirigem-se para os cultos. Levantam as suas mãos, entoam seus cânticos e oferecem suas ofertas e em muitos casos, passam tempos e tempos sem ao menos notar que, no percurso até a igreja, passaram por vários necessitados que costumeiramente, ficam despercebidos. Seria este o culto que Deus espera de nós?

Fica claro pelos textos dos profetas e também pelas palavras de Jesus no evangelho de Mateus, que o culto esperado por Deus é um culto que passa pelo compromisso em ajudar aqueles que precisam. Demonstramos nosso amor a Deus, na mesma medida que demonstramos nosso compromisso com as criaturas do Senhor. O Senhor vasculha o nosso coração e conhece o nosso verdadeiro intento quando levantamos as nossas mãos para “adorá-lo”. Iremos romper com a luz da aurora, quando prestarmos um culto verdadeiro a Deus e este culto passa por um compromisso maior com os desfavorecidos da sociedade. 

Outra acusação séria feita pelo profeta Amós é de que o culto estava eivado pelo sincretismo(4:4,5). O rei Jeroboão I construiu novos santuários em Betei e Dã e ali introduziu um bezerro de ouro para o povo adorar. O culto foi paganizado. A idolatria foi assimilada noculto. O povo queria chegar até Deus por meio de um ídolo. Houve uma mistura do culto canaanita (adoração do bezerro) com o culto ao Senhor. A religião israelita tornou-se sincrética. Os sacrifícios que eles traziam eram impuros, pois ofereciam coisas com fermento no altar, o que era proibido por Deus (Levíticos 2:11; 6:17). Lembremos que o culto é bíblico ou anátema. Deus não quer sacrifício, Ele requer obediência (1 Samuel 15:22-23). Não podemos sacrificar a verdade para atrair as pessoas à igreja, nem podemos acrescentar coisa alguma aos preceitos de Deus porque gostamos dessas coisas. O pragmatismo se interessa pelo que dá certo, e não pelo que é certo. Ele busca o que dá resultados, e não o que é verdade. Ele tem como objetivo agradar o homem, e não a Deus. Hoje vemos florescer o sincretismo religioso. Práticas pagãs são assimiladas nas igrejas para atrair as pessoas. Cerimônias e ritos totalmente estranhos à Palavra de Deus são introduzidos no culto para agradar o gosto dos adoradores. O sincretismo está na moda. Mas ele ainda continua provocando a ira de Deus! 

Um avivamento verdadeiro é aquele que nos move em direção ao coração de Deus e o coração de Deus é aberto a cuidar dos pequeninos. O profeta Oséias usado por Deus diz: “misericórdia quero e não sacrifício”(Os 6:6), o que foi posteriormente repetido por Jesus ao falar com os fariseus que eram legalistas em sua religiosidade (Mateus 9:13).

 

REJEIÇÃO À VOZ DE DEUS - TENTANDO CALAR OS PROFETAS

Outra característica da sociedade que vive em um ambiente de pecado é que ela não suporta o confronto feito pelos homens de Deus. Já no capítulo 2, versos 12, Deus fala através de Amós: “ordenastes aos profetas que não profetizeis” Israel tinha criado um culto que fazia um “politicamente correto” com as diretrizes da elite de Israel e que calava os profetas comprometidos com a palavra de Deus. Amós chega a ser expulso de Israel pelo “sacerdote” Amazias devido ao teor das suas profecias (7:10). Jeremias, Elias, Amós e muitos dos outros profetas foram perseguidos, visto que suas mensagens confrontavam o corrompido poder estatal e religioso de Israel. 

Também nos nossos dias, muitos que possuem compromisso com as verdades fundamentadas nas Escrituras, muitas vezes são constrangidos pelos “sacerdotes” do falso evangelho a calar-se. Muitos são perseguidos a fim de que se abstenham das verdades da Palavra de Deus, a fim de “agradar” um povo, muitas vezes corrompidos em seus princípios de vida. O homem de Deus, que teme a Deus não deve retroceder diante das pressões do “politicamente correto”, mas assim como Amós deve abrir a sua boca e deixar-se ser usado por Deus!

 

É CERTO QUE DEUS JULGARÁ ISRAEL

A obstinação de Israel pelo pecado trouxe o juízo de Deus sobre eles. O profeta Amós, pela revelação de Deus, já antevê a destruição do Reino de Israel quando da invasão da Assíria que os levaria cativos para outra terra poucos anos depois, em 721 a.C.

É certo que Deus traz juízo contra aqueles que optam por viver fora dos padrões da sua palavra. Às vezes, as pessoas olham para sua prosperidade material e para seu “culto ritual” e mesmo vivendo em injustiça e insensibilidade social, acham que são abençoados por Deus e que está tudo bem, tudo tranquilo. Mas, o ímpio obstinado em sua injustiça e insensibilidade deve lembrar que Deus promove ao seu devido tempo a sua justiça e nos cobra a conta de nossas atitudes. 

O capítulo 6 de Amós trata da luxúria e da impiedade dos israelitas e do castigo que lhes sobreviria, passando daqueles que tinham religião sem Deus àqueles que tinham riquezas sem Deus. A religião de Israel se desviara nos dois pontos centrais: teologia e ética. Eles mudaram a doutrina e corromperam a ética. Tornaram-se apóstatas, bandeando para o sincretismo e, por conseguinte, perdendo os valores morais absolutos. Em vez de buscar agradar a Deus, o povo buscava agradar a si mesmo. Em vez de amar a justiça, o povo entregou-se à violência. Agora, Deus anuncia seu justo juízo à nação. Essas palavras de Amós foram cumpridas em pouco tempo depois. Israel foi invadida pela Assíria, o povo todo levado cativo e a vergonha se abateu sobre esta nação.

É certo que devemos considerar sempre a bondade e a misericórdia de Deus, mas é certo que devemos considerar também a sua justiça. 

Amós termina sua profecia com a promessa maravilhosa de que Israel será plantado, protegido e jamais voltará a ser arrancado de sua terra, “diz o Senhor, teu Deus”. Teu Deus! Que grande estímulo para os judeus saber que, apesar de sua incredulidade, seu Deus lhes será fiel e cumprirá suas promessas da aliança.

 

CONCLUSÃO

Em resumo, o livro de Amós nos deixa claro que o nosso Deus requer do seu povo justiça, bondade e equidade e entende que esta é a verdadeira adoração. O culto a Deus não pode ser apenas centrado em rituais. O culto a Deus deve estar totalmente ligado aos preceitos da sua lei, e esta nos responsabiliza a termos atitudes voltada para o nosso próximo, principalmente os menos favorecidos. Mais do que mãos levantadas, ou ofertas, Deus quer um coração voltado a compartilhar com aqueles que são desprovidos materialmente. Quando esquecemos isto, nos esquecemos da lei, nos esquecemos de Deus e estamos sujeitos a sua justiça!